quarta-feira, 16 de novembro de 2011

#18 Testemunhas de G-ová

Título alternativo: Primeiro de abril

(nota do autor: fiz esse com muito sono e não teve 5% da graça do que teve no original)

É muito difícil alguém cair nas piadinhas de primeiro de abril, ainda mais que a segurança anti-mentira fica redobrada nesta data. Mas quando a pessoa é sagaz, como o caso do jovem garoto chamado G-ová, esta data pode criar um brainstorm na cabeça de muita gente e fazer ela viver fora da realidade por alguns bons minutos.
Tudo começou, no dia 31 de março, quando uma menina solitária que queria amigos convidou alguns jovens que ela conhecera no dia anterior para irem em uma festa na sua casa. Como ela falou as palavras proibidas “pode chamar quem quiser” é claro que a casa dela ficou lotada de estranhos e a festa bombou.
Bombou até na hora em que os vizinhos chamaram a policía e o estoque da festa ainda estava na metade. Sem ter para onde irem, o grupo partiu para a Praça da Matrix carregando toneladas de bebidas. A festa continuou no mesmo rítmo: gente tonta dando manota, garrafas de refrigerante barato sendo explodidas, risos e manotas denovo, até o momento em que G-ová resolveu dar um showzinho.
Primeiro, ele virou para o Cafu e falou que o Kuririn havia ligado para ele, querendo saber se Cafu estava na Praça, pois ele estava se dirigindo pra lá para quebrar a cara do infeliz. Cafu, cagado de medo pela ameaça, foi embora correndo sem nem ao menos se despedir do pessoal.
Para continuar na vibe do telefone, G-ová ligou para Kenshin e falou que o Tonho estava provando que o Makoto era gay e que o Makoto estava querendo cortar os pulsos na festa. Kenshin, que estava em uma festa de 15 anos, comendo e bebendo de graça, saiu correndo para tentar acudir a alma penada do seu amigo e quando chegou lá se deparou com G-ová rindo da piadinha de primeiro de abril (já havia passado da meia noite, por isso ele havia começado com as traquinagens). Kenshin queria matar G-ová só um pouquinho, mas preferiu voltar pra festa e esquecer que aquilo havia acontecido.
Depois disso, havia um carro que estava estacionado próximo à Praça e um homem ficava olhando para os festeiros. G-ová virou para um amigo seu que era homofóbico e proferiu as seguintes palavras:
- Urso de pelúcia, tá vendo aquele cara no carro ali? Pois é, ele falou que te achou uma gracinha e tá querendo ficar com você.
Urso de pelúcia ficou putão da vida e já queria sair correndo pra dar uma surra no rapaz alegre. Temendo o que poderia virar a mentira, G-ová tentou segurar seu amigo, mas Urso de pelúcia estava empurrando com força e gritando muito.
Nisso, um amigo de G-ová, pensando que Urso de pelúcia estava brigando com seu companheiro, já saiu correndo e começou a bater em Urso de pelúcia. Um amigo deste, vendo seu amigo apanhar, entrou na briga e sete segundos depois mais de vinte pessoas já estavam numa bola humana, batendo e apanhando de pessoas que eles nem sabiam quem. A briga durou um bom tempo, várias camisas foram rasgadas, alguns arbustos foram destruídos, mulheres choraram tentando separar, até que um dos lutadores fez a pergunta primordial: por que estamos brigando?
Todos ficaram sem entender ae foram justificando:’ eu briguei porque achei que você tava batendo nele” outro prosseguia “eu também achei que você queria bater nele e vim defender” e por aí foi até verem que a briga era idiota e sem sentido.
Depois deste susto, G-ová prometeu que aquela piadinha de primeiro de abril nunca seria revelada e sentiu as proporções gigantescas que sua mentirinha causou. Ninguém, exceto dois amigos que não tinham nada a ver com a briga, sabe que ela foi causada por uma gracinha de G-ová, caso contrário ele que apanharia de todos os convidados da festa.
Crianças, não repitam esta ideia, pode dar errado. Depois não adianta chorar o sangue derramado, como G-ová fez.

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