segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A Odisséia de Dicésar

As férias nem começaram direito e já mostraram o seu potencial. Eu prometi a mim mesmo durante o ano letivo que se conseguisse sobreviver à rotina infernal que eu estava exposto, ia descontar tudo nas férias, pra equilibrar o nível de stress.
As festanças começaram adiantadas, sendo iniciadas com a festa de formatura da Ana. Ri muito viu. Teve uma seção flashback na antiga Praça (Los Manos Burguer) e de lá fomos pra casa do Glória fazer a festa. Salvo os coretes do Demétrio. Infelizmente minhas dezenas de horas sem dormir não me deixaram aproveitar a balada nos conformes e eu desmaiei na sala.
Sexta teve Festa no Corujinha para os professores. Depois formatura do Tino. Depois degustação dos restos da festa de quinta na Praça.
Sábado fomos pra casa do Bruno Dancing assistir ao primeiro dos três DVDs do Hermes e Renato e depois fomos pra Praça. Eu não queria ir embora nem a pau, e pelo visto o Dança e o Teia estavam no mesmo time. Fomos dar voltinhas pela cidade, fomos no Cristo, na Lagoa acender o farol nos carros e depois pra casa dele conversar fiado.
No dia seguinte, como não tínhamos nada pra fazer, marcamos um açaí três da tarde. Eu, dança e zózimo. Nada de açaí, fomos pro Milk Shake e de lá fomos pra porta do Joaquim Rodarte rir dos caras que estavam fazendo o vestibular do cefet. Nisso achamos o Dedé Baixo Astral e depois o Danilo César e o Teia. Mais na frente o MiniMiller. Fomos dar um rolé na rodoviária até os meninos alcoólatras terem a ideia de comprar um álcool e ir beber na Praça. Entre tantas opções, a que chamou a atenção dos jovens foi uma de nome “Old César 88”. Daí vem os trocadilhos do título do Post. Odisséia porque a gente havia caminhado muito e caminharia mais ainda no futuro. Dicéssar porque daqui a pouco a história vai ter pitadas de homossexualismo. Saímos do ABC e ficamos com vergonha de beber na Praça da Matriz, então fomos pra Praça da Emmel. Chegando lá, degustamos do néctar da bebida até que aparece um menino com uma gorda e uma magra. A principio, achamos que o menino era gay até que ele começou a garrar a gorda. Como o álcool já havia subido às nossas cabeças, começamos a fazer comentários do tipo “que cara trouxa, garrou a mais feia e talz”. Depois, cansados de ver a bonita velando, fomos lá puxar papo com ela. Cansados, fizemos teorias de onde era o melhor lugar pra mijar. Mais tarde, começamos a ligar e convocar nossos amigos pra praça. Chegaram o Demétrio, Ana Cretina e Israel. Duas meninas estavam numas posições meio embaraçadas e eu e o Dança fomos lá chegar nelas. “Oi, o que vocês fazem aqui?” Disse o Eu galantiador. “Estamos namorando!” foi nossa resposta. “Eu já ia te perguntar isso mesmo, se vocês eram lésbicas” complementou Dança. Conversa vai, conversa vem, descobrimos que o casal de rolinhas foi expulso da Praça do Tio Patinhas por uma mulher que elas descreveram como: louca, ruiva, tatuada e com um carro vermelho. Com um pouco de investigação, descobrimos que se tratava da Mãe da Raissa. Rimos demais disso. Segundo elas a mulher saiu perseguindo elas de carro, chamando elas de sapatão, falou que ia chamar a polícia, que elas tavam fazendo atentado ao pudor e tal. Com mais conversa fomos descobrindo novas informações. Engraçado é o tanto que o MiniMiller sofre. Parece que todo mundo na cidade conhece a mãe dele tadinho. Até na hora que a gente ligou pra Pri (Alo Pri? Pri Alo?) e ele fez uma bela atuação do Alo Pri com vocais de arroto a Ana fez questão de dedurá-lo. (O massa, é que enquanto estávamos no auge de um momento los angeles, algum celular sempre tocava com reclamações sobre a Roça. Ficamos pensando: será que esse povo dorme? A gente na maior alegria, rachando os thallos e eles preocupados com coisas banais. Acho que isso tudo é carência)
Ae depois já estamos amigos das lésbicas e elas começaram a se engolir na nossa frente de boa, sem receios. Depois fomos jantar no Asa Branca. Foi massa. Todo mundo compra uma coxinha, volta até chegar no Lenilson, sente que a Lariça ta grande, volta pro asa branca prum segundo round e depois volta pra Praça. Ficamos lá conversando fiado (os assuntos da vez era a teoria dos três créditos, e quem cada um ia pegar na roça) depois começou a chover e tivemos que adentrar no CCAA. Ficamos lá deitados de boa, numa imensa orgia de cabeças nas coxas, nas barrigas, etc e ninguém teve forças pra levantar. Ficamos lá no mínimo uma hora, todo mundo deitado, bonitinho, aglomerado. Era essa a imagem que eu queria pras minhas férias. Deitado na rua, às 1h30 da madrugada, sem preocupar com diários, provas, trabalhar no dia seguinte. Apenas com bons amigos discutindo as coisas mais insignificantes da vida.
This is MK Vera.